Qual o papel do uniforme colaborativo no pós-pandemia?

Tornou-se usual dizer-se que depois da pandemia nada irá ser como antes. Apesar do potencial exagero, existem áreas em que este aforismo caminha para a sua concretização efetiva, como é o caso dos uniformes.

A disseminação do teletrabalho e o consequente aumento da flexibilidade no escritório acabou por trazer alterações no vestuário dos colaboradores e os exemplos surgem de diversas áreas.

Por exemplo, se já antes da pandemia a Mercer Portugal abolia o tradicional fato e gravata permitindo que os seus funcionários adotassem um look mais casual, os bancos BIC, CGD e BCP resolveram durante a pandemia tornar facultativo o uso da gravata.

Também na Hotelaria, uma das áreas mais afetadas pelas medidas de contenção da pandemia, se começa a assistir a algumas mudanças. Nos hotéis Vila Galé foram retirados acessórios como laços e gravatas e, nas funções em que eram obrigatórios, deixaram de usar-se os blazers ou casacos.

Segundo Mónica Neto, diretora do Portugal Fashion, em entrevista ao jornal online ECO, para além desta aproximação do vestuário profissional às tendências atuais do vestuário, nas empresas começa a verificar-se um pensamento “responsável e sustentável por parte das empresas e dos consumidores, para uma forma de vestir que respeite o bem-estar em contexto profissional”.

A esta maior informalidade no vestuário em contexto laboral, o pós-pandemia está a ser marcado por uma aposta crescente das empresas em fardas.

Explica a diretora do Portugal Fashion que, “no que aos fardamentos diz respeito, há uma abertura crescente para a aposta em design e para as parcerias com designers, que resultam numa personalização do vestuário, muito além da mera aplicação de um logótipo numa t-shirt”.

Isto insere-se numa lógica de aperfeiçoamento da comunicação, uma vez que a roupa de trabalho pode comunicar muito mais sobre uma marca do que o logótipo da mesma.

Parece ter sido isto que levou a Galp, ainda em 2019, a substituir as fardas “tradicionais” para criar maior “proximidade” entre o cliente e os trabalhadores das estações de serviço e das lojas da marca.

De acordo com Joana Garoupa, diretora de marketing e comunicação da Galp citada pelo Eco, “os nossos colaboradores são, no fundo, o rosto da empresa nas relações do dia-a-dia com quem escolhe a nossa energia. Por isso, as novas peças apostam numa lógica de proximidade ao quotidiano de clientes e colaboradores, com peças de aspeto mais casual”.

Em termos práticos, esta alteração nos uniformes da marca consubstanciou-se em peças (para homem, mulher, unissexo e versões especificas para grávidas) que representassem “proximidade” ao quotidiano dos clientes.

Segundo Mónica Neto, esta aproximação entre marcas e as tendências da Moda atuais, não só tem um papel diferenciador no fardamento de uma determinada marca levando a um impacto de marketing significativo, como “tem vindo também a desconstruir a ideia de que uma farda é algo imposto, inestético, desligado das tendências de moda, e meramente destinado a veicular branding”.

Isto que acabamos de dizer acaba por já ser visível, segundo a responsável, na vontade demonstrada por alguns trabalhadores de ficar com algumas peças para usar no seu dia-a-dia.

“Tivemos a preocupação de desenvolver uma paleta cromática alargada, incorporando novos tons, mais naturais, frescos e atentos às preocupações de sustentabilidade que fazem parte da matriz de atuação da Galp em todas as atividades e mercados onde temos operações”, explica Mónica Neto.

Não são só os designers a trabalharem de perto com as marcas no sentido da adaptação do vestuário profissional a uma ideia de design que não só privilegie uma maior conforto e segurança com recuso a menos peças, mas de maior qualidade, como também abra caminho para uma forma de comunicar os valores da organização mais efetiva.

Em virtude disto, empresas como a Gift Campaign, loja 100% online especializada em brindes colaborativos e artigos publicitários, criou uma linha de polos personalizados que tanto podem ser utilizados pelos colaboradores como uniforme de trabalho, como em qualquer atividade no dia-a-dia, graças à sua versatilidade e desenho, que é igualmente adequado para um contexto profissional como informal.

Além disto, estas peças de roupa personalizáveis são ideais para entregar como um brinde exclusivo durante uma campanha publicitária ou um evento especial, uma vez que, normalmente, são recebidas como um artigo de valor, pelo que são muitas adequadas para integrar numa estratégia de fidelização de clientes.

Assim, em jeito de conclusão, podemos afirmar que o dress code profissional está a ser “desconstruído” passando, num mundo pós-pandémico, a funcionar não só como escaparate de excelência para a promoção de uma dada marca, mas também como elemento de bem-estar, conforto e segurança que auxilia os funcionários na execução das suas funções.

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