A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, visitou o Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, em Évora, tendo elogiado o «desassossego» que permitiu às empresas que visitou ultrapassarem os desafios, instalarem-se no interior, investirem na formação dos seus trabalhadores e estarem disponíveis para aumentarem a sua presença no Alentejo.
Há, por vezes, uma «conotação erradamente negativa do Interior. Temos de melhorar a perceção» destes territórios, disse Ana Abrunhosa, que estava acompanhada pelos Secretários de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, e da Valorização do Interior, Isabel Ferreira.
Os territórios do interior são locais atrativos, «onde há uma boa qualidade de vida, onde é fácil constituir família e conciliar a vida pessoal com a vida profissional», disse.
A Ministra acrescentou que «temos de criar incentivos para que as pessoas queiram construir o seu projeto de vida aqui. E temos de as desafiar a vir viver para estes territórios».
A visita às empresas e a conversa com os responsáveis pelo Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT) deveu-se à necessidade de a «área de Governo da Coesão Territorial de ouvir todos, incluindo as empresas, para melhor adequar as políticas públicas», porque «a coesão territorial não é só no Interior: é o desenvolvimento harmonioso de todo o País», disse Ana Abrunhosa.
Segunda fase do PACT pronta para avançar
Numa declaração à imprensa, a Ministra disse que o PACT é «um caso de sucesso» que já tem a sua segunda fase de investimento aprovada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.
Presentemente o parque tem 33 empresas e privilegia as áreas de tecnolgia de saúde, aeroespacial, indústria digital (ou 4.0), ambiente e tecnologias da informação e comunicações.
«Este é um projeto emblemático ao qual vamos dar o maior apoio. Felicitamos a Universidade de Évora, bem como os Institutos Politécnicos de Santarém, de Portalegre e de Beja e todos os que se associaram» à iniciativa de criar o parque.
«O desenvolvimento de territórios como este tem de ser feito introduzindo conhecimento nos processos de produção, através da cocriação de conhecimento entre empresas e centros de investigação, e é importante que as autarquias estejam envolvidas, porque elas é que são as grandes mobilizadoras dos territórios», disse Ana Abrunhosa.
E «quando aplicamos aqui recursos», é fundamental termos em vista a coesão e o trabalho em rede, como é o exemplo do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia.
O Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, que se integra no Sistema Regional de Transferência de Tecnologia, visa apoiar a criação e desenvolvimento de empresas no Alentejo, a promoção da capacidade científica, o incentivo da transferência de conhecimento e, ser um polo de atração para empresas inovadoras com resultados sustentáveis apostando numa presença incorpórea em todas as sub-regiões do Alentejo.