Questões Salariais: Uma “armadilha” na entrevista de emprego

Numa entrevista de emprego, o entrevistador interroga o candidato quanto às suas pretensões salariais:

  • “Aproximadamente uns dez mil euros por mês, mais benefícios.” – Responde o candidato com ar sério. Acrescentando logo de seguida: “Quais os benefícios que esta empresa oferece aos seus colaboradores?”
  • “Normalmente, dez semanas de férias por ano, plano de saúde integral para toda a família, um carro novo a cada dois anos, cartão de credito, duas viagens por ano, bolsas para formação no estrangeiro…. ” – responde o entrevistador
  • “O senhor está a brincar?” – pergunta o candidato.
  • “É claro que sim! Mas foi você quem começou!”

Apesar de ser uma anedota, esta história expressa bem as armadilhas que se podem esconder numa simples questão sobre pretensões salariais. De facto, este é um dos assuntos mais temidos durante o processo de candidatura e uma resposta em falso pode ser suficiente para deitar abaixo qualquer hipótese de ser seleccionado. Damos-lhe algumas sugestões, para saber o que fazer quando confrontado com uma questão salarial.

História salarial
Por história salarial, os empregadores entendem uma relação que inclua o salário com que o candidato saiu de cada empresa que aparece listada na experiência profissional no CV. Ao conhecer os salários anteriores do candidato, é mais fácil para a empresas aperceber-se das expectativas do candidato, e o mínimo que estaria disposto a aceitar no novo emprego.

Pretensão salarial
Muito frequentemente solicitadas, destinam-se a perceber qual o salário liquido que o candidato pretenderia receber caso viesse a desempenhar a função em causa.
Nunca fale em valores sem antes salientar o seu desempenho em funções anteriores e as suas perspectivas de carreira, em termos de objectivos e sucesso profissional. Deste modo, conseguirá chamar a atenção para as suas mais-valias enquanto profissional, abrindo caminho para falar das suas aspirações salariais.

Fugir ao assunto
Sempre que possível evite responder directamente a este tipo de questões. Faça do salário uma questão secundária da sua candidatura, valorizando os outros aspectos inerentes à função. Por exemplo, as funções e responsabilidades a assumir, e a empresa onde vai trabalhar. É pouco provável que a questão fique encerrada por aqui, e talvez tenha à mesma que dar algum valor, mas ao menos mostrou já alguma flexibilidade relativamente ao tema.

Intervalos salariais
Em vez de falar em números certos, opte por apresentar intervalos salariais que estejam adequados às suas expectativas. Entre um patamar mínimo e máximo, o empregador saberá sempre que os valores apresentados são indicativos e terá uma margem de negociação.

Conhecer o mercado
Para não dar “um tiro no escuro”, é imprescindível estar informado sobre os salários praticados na sua área de actuação. Lembre-se que tanto podem ser afastados os candidatos com pretensões salariais muito elevadas como aqueles que têm pretensões salariais muitos baixas. Procure estas informações em pesquisas salariais efectuadas por sectores e junto de profissionais que actuem na mesma área a que está a concorrer.

Negociação
A possibilidade de negociação deve ser sempre deixada em aberto pelo candidato, no que diz respeito ao salário pretendido. Mas tenha sempre em mente que a negociação não é um leilão! Importa sempre uma análise objectiva de todos os prós e contras, e não basear a sua decisão no “quem dá mais”… Se acreditar que a empresa em questão lhe pode oferecer outras mais-valias, poderá valer a pena baixar um pouco a fasquia das suas pretensões.

Fonte: Sapo

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